domingo, 10 de fevereiro de 2008

Livro: Neve

Neve (de Orhan Pamuk) conta a história da viagem que Ka - um poeta e jornalista turco - faz a Kars, uma cidade turca na fronteira com a Georgia.
Ka, depois de anos vivendo em Frankfurt como exilado político, volta à Istambul para o enterro de sua mãe e em seguida viaja à Kars para investigar e escrever para um jornal alemão sobre uma onda de suicídios de jovens islâmicas que está acontecendo na cidade e motivado também pela possibilidade de reencontrar Ïpek, uma antiga paixão que agora estava divorciada de Muhtar - um antigo colega de Ka dos tempos de movimento político. Ao chegar a lá as estradas que ligam à cidade são fechadas devido a uma intensa nevasca e Ka se vê preso naquele lugar. A impossibilidade de ir embora, o golpe político liderado por Sunay Zaim (Um famoso e decadente ator de teatro) e as incertezas em seu amor por Ïpek, alimentam em Ka toda espécie e confusão de sentimentos.
O livro retrata brilhantemente, não só o ambiente político das disputas entre grupos radicais islã e secularistas, como também as relações e dilemas vividos pelos que convivem com essas disputas. É uma leitura muito agradável e longe de ser aquele blablablá político ja conhecido.
Um fato interessante do qual eu me dei conta enquanto pesquisava pra escrever essa crítica encontrei no endereço http://www.lendo.org/neve-orhan-pamuk/ e segue no trecho transcrito:
"... apesar de o livro tratar da religião islamita — na qual Deus se chama, na verdade, Alá — esse nome não aparece sequer uma vez no romance e também pouquíssimas vezes o nome do profeta Maomé é citado. Isso me levou a pensar se não foi um caso de censura da tradução — que partiu do Turco para o inglês e daí para as demais línguas. Será?"

Até!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Liberdade...

Pesa, mede, não abusa.
Não vale, escapa, se lambuza.
Faz.
Marca.
Acaba.


Até!